O fim da Era do papel e caneta!

Acreditando no poder libertador da escrita, não como divulagação de sentimentos, mas como companheira na compreensão de vida, escrevo.
Embora não seja o inicio, é certamente o fim do uso do clássico papel.

E assim lhe chamo - DIÁRIO -

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

domingo, 29 de março de 2009

Homo

Nenhum de vós ao certo me conhece,
Astros do espaço, ramos do arvoredo,
Nenhum adivinhou o meu segredo,
Nenhum interpretou a minha prece...

Ninguém sabe quem sou... e mais, parece
Que há dez mil anos já, neste degredo,
Me vê passar o mar, vê-me rochedo
E me contempla a aurora que alvorece...

Sou um parto da Terra monstruoso;
Do húmus primitivo e tenebroso
Geração casual, sem pai nem mãe...

Misto infeliz de trevas e de brilho,
Sou talvez Santanás; - talvez um filho
Bastardo de Jeová; - talvez ninguém!

Antero de Quental